quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Uma cóboiada das antigas, mas desta vez a sério.


Sabia-se que Tarantino acabaria, mais cedo ou mais tarde, por bater no tecto.
Django Unchained (libertado, na versão portuguesa) é realmente um hino ao cinema.
Um hino ao cinema enquanto arte, enquanto entretenimento, enquanto agregação de memórias.
É um filme brutal, carregado de simbolismo, carregado de cinema, carregado daquilo que faz o cinema e que faz aquilo que são as pessoas que gostam de cinema.
Nem por um momento nos conseguimos esquecer que estamos perante um Tarantino, mas basta darmos um pontapé numa pedra para encontrarmos, sem esforço um dos Sergios que transformaram em arte as cóboiadas feitas em Italia ou nas planícies de Almeria.
Mas desta vez Quentin Tarantino foi mais longe ao ponto de ser preciso trabalhar um bocado para se conseguir encontrar em toda a história do cinema um retrato tão fiel da época pré guerra de secessão. Um retrato cru e rigoroso do ambiente que se vivia nos campos de algodão do sul dos Estados Unidos.
Juro que no final esperava uma saída em direcção ao pôr do sol ao som do mais ausente dos presentes, Ennio Morricone, mas até aí fui surpreendido.
A gargalhada final dá-se ao som da música de Trinitá, o cow-boy insolente.
É um aperto no coração.
E nem sequer falei na história ou nos desempenhos fabulosos de Christoph Waltz e Samuel L Jackson, isto para começar, porque se entramos por aqui só paramos nos Oscars.
Grande filme.

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