domingo, 19 de dezembro de 2010

the Horse's Neck


O Pai Natal é uma fraude, tendo a considerar.
Sabe tudo, sabe tudo, mas não aprende que não gosto de whisky (nunca gostei) e que há mais de dois anos que não bebo vinho de espécie alguma.
Perdoo-lhe apenas a falha em relação aos charutos, para os quais vou abrir uma excepção: os Montecristos nº3 que hoje recebi não vão ficar por fumar. Mas mesmo em relação ao tabaco, já não sou o homem de outrora.
Não, ainda não chegou o Natal, mas tenho alguns indefectíveis que se chegam sempre à frente antes da data, quiçá para se precaverem: pensam que assim eu não me esqueço de retribuir.
Alguns enganam-se.
De todos as garrafas de whisky que recebi na vida, e que por sinal nem foram assim muitas, apenas uma me deixou verdadeiramente agradecido. E essa, tenho feito questão de a beber - aos poucos, que para mim é mesmo frete, mas misturando (hoje foi com ginger ale) lá vai indo.
Foi-me oferecida por uma turma de restaurante/bar da Secundária D Duarte, para pagamento de serviços prestados. O simples serviço de gostar deles, de lhes compreender as idiossincrasias.
Ninguém na escola compartilhava nem compreendia este meu apreço. Compreenderam-no os alunos e deram-lhe a forma de uma garrafa de Cardhu e de um postal assinado por todos, que ainda hoje guardo.

Horse's Neck é o nome da primeira composição que aprendi a fazer na Escola de Hotelaria e Turismo do Porto nos idos de 1986. O nome advem-lhe de uma casca de limão longa que se pendura no bordo do copo e cai pelo interior do mesmo. O original resumia-se a ginger ale, mas o tempo fortaleceu-o com brandy. 
Actualmente é mais comum com whisky rye ou bourbon, mas hoje fi-lo com malt whisky e nem a casca do limão ficou em condições. 
E mais uma vez me lembrei dos meus alunos da turma de r/b do D Duarte.


1 comentário:

  1. Pedro,
    O Pai Natal é subtil!
    Sabendo que te pode visitar durante o ano à paisana, para indagar do teu comportamento, não quer correr o risco de não teres por aí uma garrafinha que te permita oferecer-lhe um pouco!
    Assim, usando o princípio da precaução, oferece-te uma ou outra garrafa para que possas ter sempre à mão para oferecer (a si próprio e aos teus amigos).
    Independentemente de poderes oferecer uma dessas bebidas com que nos provocas por aqui.
    Abraço

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