quarta-feira, 4 de agosto de 2010

da Evolução


O pequeno sulco que todos possuímos entre o nariz e o lábio superior tem apenas uma função: canalizar um fluxo de ar para dentro da garrafa de "mine", fluxo esse que permitirá uma saída constante do néctar e evitará os constrangimentos provocados pela formação de vácuo no interior da garrafa. 
A teoria da evolução desenvolvida por Charles Darwin resume-se hoje àquilo que é conhecido como processo de tentativa/erro, mas um pedaço mais lenta. 
Segundo Darwin, num processo que pode demorar centenas de gerações, a natureza selecciona os mais aptos e provoca assim uma evolução no sentido de uma maior adaptação ao meio envolvente.
Darwin morreu há cento e picos anos, logo será sensato presumir que já teria o tal sulco entre o nariz e o lábio superior, mesmo que tapado pelo bigode. Será também acertado presumir que no tempo de Darwin já existiria cerveja. Menos provável seria que já fosse comercializada em garrafas, o que me acaba de colocar no papel do cientista. 
A pergunta que Darwin não fez e que hoje me atrevo a formular (afinal eu já tenho mais cento e picos anos de evolução que ele), a pergunta teria mais ou menos os seguintes contornos:
"Se a natureza evolui numa lógica de tentativa erro. Se cada solavanco na evolução pode demorar milhares de anos. Se a garrafa de "mine" foi inventada há não mais que quarenta anos. Em que raio é que a natureza se baseou para nos fazer nascer um sulco entre o nariz e o lábio superior, cuja utilidade é apenas a supracitada?"
Se o Vaticano estiver atento, agarra-se a esta minha dúvida.
Tem muito mais lógica a história de um tipo que vivia no paraíso e, à falta de um amigo a quem contar que andava a pecar com uma jeitosa, tinha que consumir os tempos livres a beber umas "mines" para descomprimir.  
Daí a necessidade de alguém inventar o sulco!

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