domingo, 27 de junho de 2010

do imobilizado


Há muito que se percebeu que o Estado raramente é uma pessoa de bem.
Demorou um pouco, mas também se chegou à conclusão que não é lá grande administrador. É pena que assim seja porque ninguém tem nada a ganhar com isso.
No caso português, o Estado é ainda um dos maiores senhorios do país, apenas igualado pelas autarquias.
Um péssimo senhorio. Um senhorio que não sabe com rigor o que tem e que trata com desmazelo mesmo o que sabe que tem. Infelizmente secundado por muitas autarquias.
Apesar da decrepitude de muito do património imobiliário do Estado, a sua esmagadora maioria encontra-se implantada em locais privilegiados.
Como nestas coisas do imobiliário conta mais a localização que o estado de conservação das peças, será escusado dizer que o património imobiliário do Estado é valiosíssimo.
Infelizmente, como mau administrador, o Estado só se livra dos monos quando está desesperado.
O resultado de mais um encaixe conheceu-se hoje: de uma venda em hasta pública que deveria
ter rendido três milhões e meio de euros, obtiveram-se uns fabulosos cento e cinquenta e oito mil mais uns trocados.
Às tantas era a expectativa que estava desfocada.

1 comentário:

  1. Cada vez mais surpreso!... Até o Zé mexilhão sabe que se alguém quizer vender, não é agora o momento. Pobreza de estado que não conhece o estado!
    Realmente este país precisa de uma volta muito grande!

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