quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Finalmente


A quarta temporada de Dexter é, pelo menos do meu ponto de vista, a melhor.
Todos os personagens sem excepção ganharam dimensão, evoluiram e, os que não o eram, tornaram-se mais verosímeis.
O próprio Dexter Morgan (que nesta quarta temporada mata substancialmente menos que nas anteriores) comete erros que não cometia anteriormente, reage de forma menos controlada e começa a aparentar perigosos sinais de ter uma consciência. Tudo isto porque agora é pai - um estatuto que muda (ou que pelo menos deveria mudar) qualquer homem.
O resultado é fantástico.
Junta-se a aparição de mais um serial killer (superiormente encarnado por John Lithgow) e de forma natural toda esta suculência acabou por chamar a atenção dos jurados dos prémios para que a série está nomeada.
Por agora são os Golden Globes com um prémio de actor principal para Michael C. Hall e de secundário (a verdade é que entre os dois não se sabe quem é principal ou secundário nesta temporada) para John Lithgow.
A quarta temporada é a melhor e, como tudo estava a resvalar para uma perigosíssima normalidade (há-que lembrar que Dexter Morgan, embora simpático, não deixa de ser um serial killer), os argumentistas trataram de arranjar um soberbo final que baralha toda a trama. Em face disso, fica no ar a pergunta: irá Dexter Morgan manter o caminho da normalidade que o tem traído e que o está a transformar num tipo mais humano ou vai novamente cingir-se ao plano e apaparicar o "dark passenger" que consigo transporta?
Mal posso esperar pela quinta temporada da qual nada ainda se sabe.
Eu sei que Michael C. Hall lê o chacomporradas e por isso desde aqui lhe endereço um sentido voto de boa sorte na luta contra o linfoma que o atormenta.

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