segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

o dono da bola (parte 2)


Apesar de tanto a oposição como os jornais concelhios terem falado no assunto levantado pelo post "o dono da bola", a verdade é que, quando escrevi sobre o assunto, eu não estava na posse de nenhuma das informações entretanto vindas a lume acerca da questão das cedências do cine-teatro Messias por parte da entidade gestora do espaço, a CMM.
De facto, não estava a ser sarcástico quando escrevi que tinha aconselhado ponderação a quem me falou no assunto - aconselhei mesmo.
Entretanto, um novo comentário no post leva-me a retomar o tema, agora com uma nova abordagem.
É público que já não é a primeira vez que a CMM nega a cedência do espaço a estabelecimentos de ensino do concelho. Que eu me lembre, pelo menos o jardim de infância de Santana tem uma nega no seu historial. Que eu tenha conhecimento, a dito jardim de infância nunca se negou a fazer arvores de Natal nem palhaços para embelezar as rotundas.
Resumindo, quem achou que seria essa a razão da birra da CMM em relação ao agrupamento de Escolas da Mealhada, pode ficar descansado. Não parece que seja!
Seria até pouco razoável da parte da CMM dar valor a esse argumento, uma vez que se trata de um conjunto de actividades extra-curriculares, não previstas no plano de actividades das escolas e que só seriam levadas a cabo se houvesse boa vontade por parte do corpo docente: nunca houve. Se foi por opção objectiva dos professores se por mera calaceirisse, não é relevante para o caso.
Também me parece pouco razoável que a CMM guarde rancores ao agrupamento derivadas dos resultados eleitorais que elegeram Carlos Maia em detrimento da candidata alegadamente apoiada pela autarquia. Isso são águas passadas e nem as continuadas ausências dos representantes da CMM nas reuniões do Conselho Geral de Escola me convencem do contrário.
A CMM demonstrou até grande abertura de espírito em relação a estes temas uma vez que, alegadamente, apoiou como candidata a directora da supracitada escola, precisamente a pessoa que mais encarniçadamente (eu assiti, ninguém me contou) criticou a CMM daquela vez em que foi negada a utilização do cine-teatro ao jardim de infância de Santana. Chegou a haver artigo nos jornais.
Fazendo um ponto da situação, existe uma coisa chamada poder descricionário que é despudoradamente utilizado por quem tem que estabelecer regras neste país. Não existe lei nenhuma em Portugal onde o legislador não tenha deixado espaço à criatividade de quem tem que a fazer cumprir. A CMM, ao não criar um regulamento de utilização do cine-teatro Messias, fica com esse poder criativo nas mãos. É obviamente cómodo, mas dá azo a todas as interpretações que se queiram fazer.

6 comentários:

  1. É muito melhor assim. Quem quer utilizar tem que ir pedir ao paizinho. E no fim ainda fica a dever-lhe um favor.
    Já dizia o Ferraz da Siva.

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  2. A Filomena faz tudo para apear o Carlos Maia. Nem que para isso tenha que a apoiar a Mónica Levinski.

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  3. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  4. A novela "DONOS DA BOLA "já cansa mas naõ posso deixar de concondar que já era tempo da escola sede fazer alguma coisa para animar uma qualquer rotunda.......
    Assim quem sabe os comentários seriam diferentes.
    Quanto às faltas dos elementos da CMM ás reuniões do CONSELHO GERAL penso que devem ter sido devida e atempadamente justificadas,pois o C. G. tem um regimento interno que foi feito eleborado para ser cumprido.

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  5. Não vão às reuniões porqe coincidem com o cabeleireiro. E depois?

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  6. 5) O Senhor Vereador Breda Marques voltou a intervir, referindo que
    recorrentemente tem perguntado pelos regulamentos do Centro de Estágios do
    Luso e Cine-Teatro Messias, e que da última vez que o fez foi-lhe informado
    que já estavam praticamente prontos e até ao momento ainda não foram
    remetidos à Câmara Municipal. -----------------------------------------------------------------------
    O Senhor Presidente referiu que a existência desses regulamentos, são muito
    limitadores e que ou são extremamente amplos no sentido de permitir alguma
    flexibilidade face á existência de situações que vão surgindo todos os dias, ou
    Folha n.º _______
    Lº. ACTAS N.º 77
    podem criar muitos constrangimentos à plena utilização dos equipamentos.
    Não é fundamental que haja regulamentos em termos de funcionamento, pois
    o certo é que a Câmara Municipal vai conciliando o funcionamento sem
    qualquer prejuízo das funções a que essas infraestruturas se destinam, o que
    tem havido prudência, estando as mesmas a funcionar plenamente, o que não
    tem sido por isso uma má solução. -----------------------------------------------------------------
    O Senhor Vereador Breda Marques disse que os equipamentos estão feitos e é
    preciso que hajam regras para a sua utilização. Pode ser fácil para a Câmara
    Municipal decidir na hora, mas as pessoas não sabem as regras para poderem
    utilizar esses equipamentos. ---------------------------------------------------------------------------
    O Senhor Presidente referiu que nunca se decide na hora nem houve situações
    de não utilização dos equipamentos, salvo uma ou duas situações de mera
    oportunidade que também qualquer regulamento impediria. -

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