terça-feira, 7 de julho de 2009

o Paixão, lógicamente um Pedro


Acabei agorinha de ler uma entrevista que o escritor Pedro Paixão concedeu à revista Sábado.
Nunca li absolutamente nada que ele tenha escrito nem fiquei agora com vontade de ler.
É diferente.
A entrevista criou em mim uma empatia enorme com o homem mais que com o escritor.
Tem, enquanto pessoa, uma auto-suficiência desarmante. É cru, frontal sem ser arrogante e incisivo sem ser maçador.
Não arrasta ninguém para o seu mundo nem invade o mundo dos outros, mas cativa quem se aproxima. É frontal enquanto delicado e assertivo sem condicionar as vontades alheias.
Transparece dele que as pessoas lhe entram e saem da vida sem deixar pégadas, mas memórias.
Confesso, gostaria de saber ser assim.
É magnético.
Completamente desligado, mas não aparentando estar desenraízado.
Aos olhos dos boçais aparecerá como um inútil, aos dos sensíveis como um libertário.
Vivo!
Infelizmente é doente bipolar. E isso é que já não me seduz, embora comungue com ele a ideia que é da depressão que nascem as obras mais grandiosas.
Vou seguir-lhe o rasto.
Assombradamente desassombrado!

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