terça-feira, 2 de setembro de 2008

Recriando a História

Presume-se que durante os 28 anos que durou o muro de Berlim, houve cerca de 75.000 pessoas que o tentaram transpor de lá para cá: algumas conseguiram, outras foram mortas mas a sua grande maioria acabou nas prisões da ex RDA.
Não há grandes notícias de quem tenha tentado passar de cá para lá, mas tenho a certeza que, a existirem, bastou ajustarem-lhes a medicação para que tenham desistido.
Falo do muro porque a Alemanha (com a ajuda da U.E.) vai agora gastar 2 milhões de euros a recuperar algumas partes propositadamente deixadas de pé por conterem obras de alguns pintores consagrados e que se encontram vandalizadas.
Em contrapartida, lá para os lados da Ossétia do Sul e da Abkhazia, parece que alguém está a fazer o mesmo. E também para preservar a memória... digamos que para a manter fresca.

1 comentário:

  1. No Público de hoje, dois bons artigos sobre educação, de Paulo Guinote e Santana Castilho, e uma notícia de duas páginas sobre o investimento do Ministério nas escolas durante o próximo ano eleitoral, perdão, lectivo.
    Ganha-se em ler os artigos depois da notícia. Esta reflecte com muita preguiça o ponto de vista do Governo, citando abundantemente as iniciativas do Governo, os objectivos do Governo, as preocupações do Governo, os melhoramentos do Governo e, claro, as altas palavras de Sócrates e Maria de Lurdes Rodrigues. Tive de conter-me para não erguer sobre as páginas do diário um altar a São Sócrates e a Santa Lurdes.
    Guinote e Castilho mostram a face oculta, ou não tão oculta mas já esquecida, da "propaganda" socialista: os resultados escandalosamente inflacionados nos exames do último ano, as medidas cosméticas como o programa Novas Oportunidades ou a oferta de livros e computadores, "a desvalorização do estatuto profissional e social dos professores". E concluem, mais coisa menos coisa, que não basta atirar dinheiro para cima dos problemas e que nenhuma solução é possível sem os docentes. Concluir isto é concluir o óbvio, mas às vezes vale a pena. Pode ser que os jornalistas que escrevem sobre educação no Público leiam os cronistas que escrevem sobre educação no Público.

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