quarta-feira, 13 de agosto de 2008

A barbárie

Números que têm circulado pela comunicação social dão conta de que já houve mais casos reportados de violência doméstica em Portugal este ano do que em todo o ano de 2007.
A fiabilidade dos dados é a do costume e existe ainda a possibilidade de ter aumentado apenas a quantidade de vítimas que apresenta queixa e não os casos de violência em si.
Independentemente da razão, nada há que justifique este continuado rol de maus tratos e de abusos que um ser forte descarrega sobre um ser menos forte.
A situação é transversal a todas as classes económicas, a todas as raças, a todas as idades e a todos os credos. Não estamos aqui a falar de homens, pobres e bêbedos que, frustrados porque alguém os atormentou no trabalho ou porque o Benfica perdeu, chegam a casa e arreiam na mulher e nos filhos para se aliviarem.
A violência pode ser meramente psicológica, persecutória, alienatória, soberba, moralmente degradante, pode revestir formas aparentemente inofensivas mas que deixam na vítima marcas permanentes.
Nenhum animal em toda a Criação maltrata deliberadamente a sua família, à excepção do Homem.
Convém medirmos bem as palavras quando apelidamos de animal qualquer individuo que comete crimes desta ou de outra natureza.

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